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Impactos do jejum na queima de gordura corporal: o que a ciência e a experiência revelam

Imagine que você está conversando com uma amiga querida que decidiu recomeçar a cuidar do corpo depois de um longo período de negligência. 

Ela pergunta, com aquela sinceridade típica:

  • “Será que jejuar realmente me ajuda a queimar gordura? Ou é só mais uma moda que não dá certo?” 

Se você também gostaria de saber a resposta, leia este artigo até o final: porque, nele, vamos desvendar como o jejum age sobre a gordura corporal: seus benefícios, limitações e o que considerar antes de experimentar.

Introdução: o jejum como aliado controverso

O tema do jejum — especialmente o jejum intermitente — ganhou crescente popularidade nas redes, entre influencers fitness e também em estudos científicos recentes. 

Algumas pessoas relatam resultados incríveis na perda de peso, outras sentem fadiga ou dificuldade de aderência. Em meio a esse turbilhão de relatos, fica difícil separar o que funciona de fato do que é “vale tudo”.

Quando combinamos o jejum com uma estratégia alimentar como a dieta cetogênica com jejum intermitente, a promessa parece ainda mais tentadora: “queime gordura sem sentir fome”, “chegue à cetose mais rápido”, “mantenha massa magra”. 

Mas será que tudo isso é verdade? Vamos dar uma olhada no que dizem os mecanismos fisiológicos para te ajudar a decidir com responsabilidade.

Jejum e metabolismo: o que acontece no organismo

Para entender como o jejum pode “mexer” com a gordura corporal, precisamos voltar um pouco e observar os processos internos:

A transição entre uso de glicogênio e gordura

Durante as primeiras horas sem comer, o corpo usa o glicogênio (reserva de carboidratos no fígado e músculos) como fonte de energia. 

Depois que essas reservas se esgotam, há uma virada metabólica: o organismo começa a mobilizar gordura corporal para gerar energia, convertendo ácidos graxos em corpos cetônicos, que o cérebro e outros tecidos podem usar.

Esse é o ponto em que o jejum mostra seu potencial — ele “força” o organismo a recorrer às reservas adiposas, especialmente se não houver oferta constante de glicose por meio de alimentos. 

Mas atenção: o tempo para essa transição varia de pessoa para pessoa, conforme fatores como:

  • Nível de atividades físicas
  • Estoques iniciais de glicogênio
  • Status hormonal (insulina, cortisol, hormônios tireoidianos)
  • Composição corporal (quanto mais músculo, mais “consumo base” de energia)

A importância da insulina

Insulina é uma espécie de “chave” que comanda o armazenamento e a liberação de gordura.

Quando estamos em jejum, os níveis de insulina ficam baixos — e isso facilita que a gordura seja mobilizada. 

Por outro lado, se você comer alimentos ricos em carboidratos ou mesmo em excesso nos períodos permitidos, você pode elevar a insulina e interromper esse processo de lipólise (quebra de gordura).

Efeito da restrição calórica acentuada

O jejum frequentemente implica, involuntariamente, uma redução calórica significativa (afinal, menos janelas para comer = menos tempo para ingerir grandes quantidades). 

Essa restrição calórica é um fator-chave na perda de gordura. 

Mas é preciso cuidado: se for excessiva ou por tempo prolongado, pode induzir efeitos indesejados como queda do metabolismo, perda de massa magra e alterações hormonais de estresse.

Benefícios relatados e evidências científicas

Vamos ver o que a ciência e o relato prático nos dizem:

Benefício do jejum #1 — Aceleração da queima de gordura

Vários estudos demonstram que jejum intermitente pode levar à redução de gordura corporal — especialmente visceral — em pessoas com excesso de peso ou obesidade. O mecanismo está ligado à já mencionada mobilização de lipídios, além de melhor sensibilidade à insulina.

Benefício do jejum #2 — Preservação de massa muscular

Um dos grandes medos de quem deseja perder gordura é “perder músculo junto”. 

Algumas pesquisas sugerem que o jejum intermitente, quando aliado ao consumo adequado de proteínas e estímulo resistido (musculação), pode preservar mais tecido muscular do que dietas muito restritivas tradicionais.

Benefício do jejum #3 — Melhora metabólica e hormonal

Além da redução de gordura, o jejum pode favorecer outros marcadores metabólicos: redução da resistência insulínica, melhora nos níveis de colesterol HDL, redução de triglicerídeos. 

Há também indícios de que ele pode melhorar a autofagia (processo de “limpeza” celular) — embora essas evidências venham sobretudo de estudos em animais e ainda não sejam conclusivas em humanos.

Benefício do jejum #4 — Apoio ao uso de estratégias complementares

Muitas pessoas relatam que combinam jejum com o consumo de caldo de ossos (uma bebida rica em colágeno, minerais e aminoácidos). 

O caldo de ossos pode ajudar a manter a saciedade, aportar nutrientes importantes e dar um “suporte leve” hídrico durante o jejum. 

Claro que essa estratégia precisa ser usada com cautela — se o caldo for muito calórico, pode quebrar o jejum ou alterar a dinâmica hormonal prevista. 

Mas em versões mais enxutas (sem gordura excessiva, sem adição de farinhas ou vegetais ricos em carboidratos), pode ser um recurso que torna o jejum mais viável para muitas pessoas.

Como montar uma estratégia segura de jejum para queima de gordura

Se, após tanta reflexão, você decidir testar o jejum como ferramenta para queimar gordura, veja algumas orientações para fazer isso de forma mais segura e eficiente:

1. Escolha o protocolo adequado

O jejum intermitente possui várias vertentes — 16/8 (16 horas de jejum, 8 de alimentação), 18/6, 20/4 (jangada), jejum de 24 horas, jejum alternado etc. Um bom ponto de partida é o 16/8, que costuma ser mais tolerável.

2. Mantenha ingestão proteica adequada

Durante as janelas de alimentação, garanta ingestão suficiente de proteínas (1,6 a 2,2 g/kg de peso corporal, dependendo do nível de atividade). Isso ajuda a preservar massa magra.

3. Não abuse na janela alimentar

Evite “compensar” comendo em excesso na janela alimentar. A estratégia é usar o jejum como suporte — não como licença para exageros.

4. Combine com treino de força

Elevar o gasto energético através da musculação ajuda a “direcionar” a queima para a gordura, além de proteger sua massa muscular. O jejum sozinho é menos eficaz do que a combinação com treino.

5. Hidratação e micronutrientes

Beba bastante água. Aproveite o período de jejum para incluir chás sem açúcar e até um copo de caldo de ossos quando quiser um “reforço leve” — lembrando: optando por versões mais enxutas, sem gordura ou ingredientes que possam comprometer o jejum.

6. Escute seu corpo e faça ajustes

Sentir fadiga intensa, insônia, queda de rendimento, irritabilidade persistente ou queda menstrual (no caso das mulheres) são sinais de que algo não está bem. Aumente os períodos de alimentação, reveja macros, ou interrompa o jejum. Consulte profissional de saúde.

7. Introduza o método com progressividade

Você não precisa já começar com um jejum de 20 horas no primeiro dia. Avance aos poucos: um dia de 14h, depois 16h, etc. Permita que seu corpo e mente se adaptem.

Conclusão E Palavras Finais

O jejum pode, sim, funcionar como um poderoso aliado para potencializar a queima de gordura corporal — desde que compreendido, bem planejado e ajustado ao seu perfil individual. 

Ele age por meio da mobilização de gordura, regulação insulínica e possível preservação muscular (quando bem orquestrado). 

Por outro lado, não está isento de riscos, especialmente para mulheres com desequilíbrios hormonais, pessoas com histórico de distúrbios alimentares, ou quem se submete a restrições severas indefinidamente.

Se decidir experimentar, comece com cautela, escute seu corpo, ajuste conforme a resposta e conte com o suporte de profissionais de saúde. 

Use estratégias inteligentes — como manter boa ingestão proteica, treinar força e até recorrer a um caldo de ossos leve para ajudar na saciedade — para suavizar o percurso.

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